O
consultor de comunicação Rui Calafate, autor do blog It’s PR Stupid, viu o
Presidente da República de Portugal, Cavaco Silva, a tirar fotos ao Papa
Francisco I, na Praça de S. Pedro, em Roma, e deduziu que o representante do Estado
português iria partilhar essas imagens na sua página no Facebook. Afinal, não raras vezes,
Cavaco Silva – que na imagem cumprimenta o novo Papa – recorre ao Facebook para,
supostamente, comunicar com os portugueses (ver aqui).
Porém, as fotografias que Cavaco fez em Roma não foram partilhadas na rede. O Presidente entenderá que o Facebook não é lugar para esses detalhes humanos. Deste modo, conclui Calafate, o Presidente português, não obstante a sua visível aposta na sociedade digital e nas tecnologias de informação, é um dos políticos que “não sabem comunicar nas redes sociais”, entregando essa tarefa a assessores quando acha que tem algo de importante para dizer aos seguidores, evitando o filtro da mídia tradicional. E, acrescento eu, evitando humanizar-se aos olhos dos internautas.
Porém, as fotografias que Cavaco fez em Roma não foram partilhadas na rede. O Presidente entenderá que o Facebook não é lugar para esses detalhes humanos. Deste modo, conclui Calafate, o Presidente português, não obstante a sua visível aposta na sociedade digital e nas tecnologias de informação, é um dos políticos que “não sabem comunicar nas redes sociais”, entregando essa tarefa a assessores quando acha que tem algo de importante para dizer aos seguidores, evitando o filtro da mídia tradicional. E, acrescento eu, evitando humanizar-se aos olhos dos internautas.
No
fundo, Cavaco Silva é um dos políticos que desconhecem algo essencial na comunicação: fora
da Internet, os políticos comunicam para as pessoas, de cima para baixo; na
Internet, para serem bem sucedidos, os políticos comunicam com as pessoas, num
plano horizontal, de igual para igual, de forma humanizada. Entre “comunicar
para” e “comunicar com” há uma grande diferença.
As
pessoas que estão no Facebook ou em outra rede são seres humanos e querem ser
tratadas como tal. E só levam a sério quem emite mensagens e participa nas
conversas e nos debates. Quem dispara as suas frases só quando precisa de ser
ouvido é como aquele nosso amigo com um ego do tamanho do mundo que só pensa
nele mesmo e ignora os nossos problemas. É assim na comunicação política e é
assim na comunicação de empresas e organizações. É por isso que, na Internet, uns
sabem comunicar e têm sucesso. Outros não e têm problemas. FOTO: Presidência da República de Portugal
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