domingo, 17 de fevereiro de 2013

O Facebook e os desafios tecnológicos do futuro



Há algo de “Big Brother” – o programa de TV, não o livro de George Orwell – na trajetória do Facebook em dez anos de existência. O que a rede fundada por Mark Zuckerberg parece ter captado é um certo desejo de celebridade, que permite às pessoas comuns falarem o que quiserem, sobre o que bem entenderem, a um número de contatos aparentemente inesgotável: quanto mais amigos na rede pessoal, maior o alcance do que é mostrado, sejam fotos, vídeos ou meramente opiniões.
Por conta disso, o Facebook transformou-se no maior ponto de encontro de seres humanos do planeta, tendo ultrapassado já a marca de um bilhão de usuários ativos. Em 31 de dezembro de 2012, o Brasil era o segundo país do mundo no ranking de usuários ativos da rede, com 67 milhões de pessoas, segundo o Facebook. A base só é inferior à dos Estados Unidos. Tendo em conta que no setor da tecnologia da informação os ciclos de inovação ficam cada vez mais curtos, e que, por conta disso, outras redes sociais já foram um sucesso e acabaram por morrer, é legítimo perguntar: até quando é que vamos curtir o Facebook? Como é que a rede está a enfrentar os desafios tecnológicos do futuro?
As respostas a estas perguntas podem ser encontradas numa análise publicada no suplemento “Eu & Fim de Semana”, no jornal “Valor Econômico”, de 08-02-2013, que foi reproduzida no portal do Observatório da Imprensa (ver aqui).
Como afirma Gil Giardelli, professor da prestigiada Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de São Paulo, “as mídias sociais no Brasil e no mundo são iguais restaurantes – abrem, viram moda e, de repente, deixam de ser frequentados. Só continuam se o serviço for muito bom”. É esse o desafio que se coloca à organização de Zuckerberg. Gil Giardelli deixa uma questão central: “O Facebook foi a primeira grande mídia social global e também a primeira a trazer as empresas para a rede social. Agora está numa grande bifurcação: vai tornar-se a grande rede que funcionará por mais 20, 30 anos ou começar a ser abandonada, como está acontecendo em alguns países mais maduros?” Eis um assunto a seguir com atenção.

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